Quando eu morrer, e se for amanhã, não deixe que a tristeza da minha imagem apague a alegria dos meus sentimentos.
Quando eu morrer, lembrem-se de mim falando das crianças e esqueçam o que disse sobre bombas.
E se for amanhã, não troque seu viver o hoje pelo meu funeral.
Quando eu morrer, e se for amanhã, guardem de mim o que fui e esqueçam o que tive.
E se for amanhã, enterrem comigo sua auto-realização e procurem a mútua-realização.
Quando eu morrer, me enterrem nú, pra que eu sirva a não sei quem, pois em vida servi a quem bem sei.
E se for amanhã, que tudo do meu corpo seja doado a quem em vida carece.
Quando eu morrer, e se for amanhã, que de suas memórias eu logo suma, pra que caiba em suas cabeças mais sonhos do que jamais pude sonhar.
Quando eu morrer, se apercebam que o amor está sempre por perto, portanto não o procurem tão longe.
E se for amanhã, que vençam os anarquistas novos, mesmo sem mim.
Quando eu morrer, e se for amanhã, que o amanhã seja tão bom como outro dia qualquer.
Quando eu morrer, que o rock ressurja com energia infantil,
E se for amanhã, que sua transgressão seja sobre qualquer sistema vigente.
Quando eu morrer, e se for amanhã, lembrem-se que a tristeza pode durar por toda uma noite, mas o amor acontece a cada manhã.
Qaundo eu morrer, esforcem-se para corrigir os enganos do passado, pois o amor os ajuda no presente.
E se for amanhã,
não cuide dele, pois o amanhã cuidará de si mesmo.
domingo, 23 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Poesia lida no concurso do Parlapatões. Ganhou o 1o. bocejo do jurado Marcelino Freire na 3a. frase. Ganhou também a desculpa do 2o. jurado na 6a. ou 7a. frase, de que precisava ir ao banheiro. Foi a única poesia aplaudida no meio, um bêbado tropeçou no degrau de entrada e puxou risadas e aplausos. Enfim... Ganhou várias "coisas", menos algum prêmio "oficial", que aliás, era em dinheiro "na hora"...
Postar um comentário